Moradores da Centralidade do Kilamba manifestaram preocupação com o crescimento desordenado de construções comerciais na zona, alertando para o risco de colapso no trânsito local dentro de poucos anos, caso não sejam tomadas medidas imediatas pelas autoridades municipais.
Segundo as denúncias, diversas lojas estão a ser erguidas com as fachadas voltadas diretamente para as principais avenidas, especialmente nas zonas próximas à agência da ZAP, à 51ª Esquadra da Polícia e à Igreja Central, o que obriga os clientes a estacionarem as viaturas em faixas de rodagem, bloqueando parcialmente a circulação.
“Hoje já é possível ver carros estacionados em plena via, dificultando o fluxo e obrigando os condutores a parar para dar prioridade em cruzamentos. Se nada for feito, em cinco anos conduzir no Kilamba será um verdadeiro caos”, alertou um dos moradores.
De acordo com os relatos, as novas construções ignoram o projeto arquitetónico original da Centralidade, que previa a existência de um “passeio de serviço” — uma faixa de areia destinada à futura conversão em estacionamentos para estabelecimentos comerciais. Em muitos casos, os construtores não retiraram os lancis nem pavimentaram os espaços com betão, como determina o plano urbanístico.
A situação é mais crítica nas vias que ligam o Banco BFA ao Banco BIC, e na avenida principal que dá acesso ao Comando Municipal da Polícia, onde várias lojas já estão em funcionamento sem espaços próprios de estacionamento.
Os moradores apelam à Administração Municipal do Kilamba e ao Departamento de Tráfego e Mobilidade que reforcem a fiscalização das obras comerciais, garantindo que as lojas incluam parques de estacionamento dentro dos seus projetos, conforme o modelo adotado por estabelecimentos como o Fresmart e o Fresco do Dia.
“Se a fiscalização não agir agora, o trânsito do Kilamba ficará insustentável. Precisamos garantir que o crescimento urbano respeite o plano original e preserve a mobilidade”, destacou o mesmo munícipe.
As autoridades municipais ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o caso, mas moradores esperam que o Governo Provincial de Luanda e o Ministério das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação intervenham para impor ordem urbanística e evitar o agravamento da situação viária na centralidade.
