A paciência dos moradores do quarteirão M, na Centralidade do Kilamba, parece estar a chegar ao limite. A creche local, que deveria ser um espaço voltado à educação infantil, tem sido frequentemente transformada em salão de festas, sobretudo aos fins de semana, com música em alto volume e colunas de som montadas no recinto.
“Entra sábado, sai sábado, e já sabemos que vamos enfrentar mais um dia de tortura sonora. Hoje já estão a montar as colunas para mais uma festa”, lamentou um dos moradores em contacto com a nossa redação.
As denúncias de poluição sonora ligadas a esta creche não são recentes. Ao longo dos últimos meses, vários residentes do Kilamba têm alertado para o uso inadequado destes espaços, que foram projetados para fins educativos e não para festas.
“Um dia vamos resolver da nossa maneira, com os nossos próprios meios, porque ninguém faz nada. Isto está a virar moda todos os sábados”, desabafou outro morador, pedindo anonimato.
A comunidade questiona a passividade das autoridades locais. “Onde está a Administração e a Inspeção Municipal? Até quando vamos viver assim?”, acrescentou um residente indignado.
As reclamações somam-se a outras situações de poluição sonora na Centralidade do Kilamba, incluindo festas em restaurantes, bares e até em espaços improvisados, o que tem levado moradores a pedir maior intervenção da polícia e da fiscalização.
Os habitantes reforçam o apelo à Administração Municipal e às entidades competentes para que façam cumprir a lei, garantindo a ordem pública e a tranquilidade que se espera de uma urbanização como o Kilamba.
