Os moradores da Centralidade do Kilamba expressaram frustração e desânimo, alegando que têm resolvido sozinhos a maioria dos problemas da comunidade, sem o apoio necessário da Administração do Distrito Urbano do Kilamba. Em conversa com os jornalistas do KILAMBA 24 HORAS, os moradores enfatizaram que, embora o papel da administração seja garantir serviços públicos de qualidade, eles se veem frequentemente forçados a buscar soluções por conta própria, principalmente nas questões de segurança e vigilância.
Segundo João Quiala, morador do Quarteirão G, “A administração parece ausente. Quem está a cuidar da nossa segurança e dos nossos problemas somos nós mesmos. Organizamos grupos de vigilância comunitária, contratamos empresas de segurança privadas, mas onde está o apoio da administração local?” Ele ressaltou que o crescente número de assaltos e vandalismos nas residências e estacionamentos da centralidade tem gerado um sentimento de insegurança entre os moradores.
Outro residente, Teresa Alberto, contou que os problemas com iluminação pública e esgotos mal conservados também estão sendo ignorados. “Nós é que cuidamos dos espaços comuns, recolhemos dinheiro entre os vizinhos para contratar pessoas que cuidem da limpeza e manutenção, algo que deveria ser uma responsabilidade da administração. Estamos sozinhos”, desabafou ela.
A segurança, em particular, é um ponto sensível. Vários moradores, como Odeth Fernandes, também expressaram sua preocupação com a falta de apoio das forças da ordem. “Quando chamamos a polícia, eles demoram a responder. Nós, os moradores, temos que nos unir e resolver a questão da segurança, porque as forças de ordem não estão a fazer o seu trabalho de maneira eficaz”, lamentou Odeth.
Esses relatos destacam a crescente insatisfação dos moradores com a gestão local e a falta de ações concretas por parte da Administração do Kilamba. Apesar das reclamações constantes, os moradores sentem-se ignorados, esperando por um maior envolvimento das autoridades para melhorar a segurança, a manutenção e a gestão dos serviços públicos essenciais.
